quinta-feira, julho 09, 2009



Pensava que tudo estava definitivamente perdido.
Por ela, por ele, por ambos.
O amor de outrora, náufrago no mar de conflitos, parecia afogado para sempre.
Ainda assim, lançou-se ao resgate, apesar de tudo parecer inanimado.
Já aguardava a confirmação da morte, o atestado de óbito do sentimento dos dois.
Em vão, tentava desesperadamente preparar-se para o luto.
Contudo, foi sacudida por uma onda de surpresa.
Em meio a tanta turbulência, um caminho de flores: no portão, no corrimão da escada, na porta, espalhadas pela casa.
Ainda havia vida apesar da tormenta.
O dilúvio, agora, escorria de seus olhos, de seu peito, de sua alma e um mundo de água salgada inundava-a por dentro.
Nascia uma tempestade de rosas e de esperança.