segunda-feira, janeiro 22, 2007

Porque hoje é segunda-feira...e chove

Hoje, basta-me a chuva fria e fina
que cai na terra seca do meu coração
Hoje, basta-me o copo, cheio de gelo, vodka e inquientações
e amarelo-amargo da mágoa...
Hoje, basta-me o vazio da alma
que fere....dói
Hoje, basta-me o oceano insano, tormente
batendo contra as rochas essa tristeza
Hoje, basta-me o amor vazio, o teu silêncio
a palavra muda, o olhar distante, e a pedra na tua mão
Agora, com linceça, porque novamente eu vou sonhar
vou me bastar com a ilusão
e entrar no cinza dos meu dias vazios
e te ter em casa suspiro
e te perder em cada segundo
e bastar-me assim,
apenas com a tua ausência presente de quando não estás
e da tua presença ausente
quando os teus olhos se perdem
na nudez da palavra crua...
na minha estrada curva...no meu coração...
no meio da rua



"Ele procurava, não o vazio dos atos carnais que
desaparecem imediatamente ao serem saciados...
mas intentava construir uma imperecível catedral do vício,
Ele estava tentando implantar neste mundo, não vícios esporádicos,
mas um código, não atos, mas leis, não uma noite de prazer,
"mas uma longa noite de prazer que durasse eternamente"...
não escravos do chicote, mas um reino do açoite,
sua fascinação em destruir, tornou-se paixão de criar..."

( trechos da peça "Madame de Sade")