quinta-feira, agosto 28, 2008

Das cartas que eu não mandei...



Hoje eu fiquei pensando e lembrando do nosso começo, de como era gostoso ficar com você.
Eu adorava o jeitinho como você me tratava, me cuidava...como você era doce e apaixonado
Mas eu notei que essas coisas ficaram esquecidas lá no inicio
Eu ficava encantada quando no nosso dia você me dava flores. Não propriamente pelas flores, mas sim pelo gesto de lembrar. Você me fazia feliz.
Mas sinto que acabou a paixão, o romantismo
Fomos ficando distantes, frios
Eu mudei, você mudou. E não sobrou espaço para “nós”
Tentei. Tentamos, recomeçar, refazer...mas já não tinha mais conserto
Tentei de novo, esquecer tudo, reaproximar, colar...você sempre distante
Eu sei entender bem sobre todas as coisas que aconteceram...que magoaram...
E se abalou é porque o amor não tinha base forte o suficiente para se manter vivo
Eu sinto que não posso te fazer feliz, sinto que você era mais feliz antes...em outro tempo, com outra pessoa.
E chego a conclusão de que esse tal amor não era amor, mas sim apenas empolgação de primeiro momento, que acabou por se transformar em costume, convivência.
Acho que o tempo ficou cinza, ficamos desinteressados...arrastando essa vida por um caminho que não muda nunca
Sim, eu sei. Sou egoísta, individualista, impulsiva e insegura. E por isso mesmo que eu acho que não vou te fazer bem.
Esse meu jeito menina/mulher incomoda e eu não sei como ser, como fazer
Então eu deixei a porta aberta pra você sair
E você não foi
Por que ?
Me diz ?

Eles desejam coisas que não existem. Eles não conhecem a paixão, nem tu.
A tudo isso eu chamo tontura, não prazer.
Evita a vertigem.
Resseca, desbasta, o limite é a nudez do osso.
Além dele, se avançares, há somente poeira.
Mas cuidado, exigem-se os dentes fortes que Nanã perdeu.
Descobre, desvenda. Há sempre mais por trás.
Que não te baste nunca uma aparência do real.
(Caio F)